quinta-feira, 8 de outubro de 2009

CANTO DAS TRÊS RAÇAS, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro


Ninguém ouviu

um soluçar de dor
No canto do Brasil.
Um lamento triste
sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro e de lá cantou.
Negro entoou
um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares,
onde se refugiou.
Fora a luta dos inconfidentes
Pela quebra das correntes.
Nada adiantou.
E de guerra em paz,
de paz em guerra,
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar,
Canta de dor.
E ecoa noite e dia:
é ensurdecedor.
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador...
Esse canto que devia
ser um canto de alegria
Soa apenas como um soluçar de dor

PREPAREM-SE




Vem aí a Semana de Consciência Negra do CEOMG. A participação de todos vocês é importante para o sucesso do evento.


Preconceito racial: vamos abolir este comportamento.

http://caminhaculturalmg.ning.com/video/criancas-negras-e-preconceito

sábado, 3 de outubro de 2009

PROJETO DA ÁREA DE LINGUAGEM - 2008 "QUEM AMA NÃO MATA"











PROJETO QUEM AMA NÃO MATA


JUSTIFICATIVA

Paixão: do Lat. ‘passione’; sofrimento. s. f., sentimento excessivo;amor ardente;afeto violento; entusiasmo; cólera; grande mágoa; vício dominador; alucinação; sofrimento intenso e prolongado; parcialidade; o martírio de Cristo ou dos Santos martirizados; parte do Evangelho em que se narra a Paixão de Cristo; colorido, expressão viva, em literatura. Do grego ‘pathos’, dor, patologia.
O filósofo Aristóteles dizia que tragédia, na Grécia, não era sinônimo de acidente ou destino negativo. Como gênero teatral, cumpria a função positiva de mostrar o perigo de alguém perder o equilíbrio e se entregar a emoções extremas. Mais de dois mil anos se passaram e as loucuras de amor continuam desafiando a sociedade.
É interminável a lista de crimes passionais que acabam em morte ou escoriações. Nos últimos dias, esses episódios se repetiram no País com freqüência e violência impressionantes. Alguns casos vão para as manchetes. Outros permanecem na sombra. Geralmente esses crimes são praticados "em nome do amor", quase sempre por homens possessivos. "Se for amor, é amor a si mesmo, e não à vítima", diz a procuradora Luiza Eluf, autora do livro “A paixão no banco dos réus”, afirma também que os homens que cometem crimes passionais não amam, mas dependem de sua vítima para a auto-afirmação.



“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...”

No Brasil, pesquisa da Fundação Perseu Abramo revela que a cada 15 segundos uma mulher é agredida. Estima-se que mais de 2 milhões de mulheres são espancadas a cada ano por maridos ou namorados, atuais e antigos.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão revela que um alto grau de rejeição à violência contra as mulheres: 82% dos entrevistados respondem que “não existe nenhuma situação que justifique a agressão do homem a sua mulher”. Além disso, 91% consideram muito grave o fato de mulheres serem agredidas por companheiros e maridos. Ao mesmo tempo, o velho ditado que afirma que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” ainda tem boa aceitação (66%).
Observa-se que há uma atitude contrária à violência, mas não há um comportamento equivalente.
É neste contexto que apresentamos o Projeto Quem ama não mata, pois compreendemos que mudança de atitude e de comportamento frente à violência contra a mulher dependem de aspectos culturais e de mentalidades, campo em que a escola pode ser bastante eficaz.

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


APRESENTAÇÃO

O Projeto da Consciência Negra do Colégio Octacílio Manoel Gomes é uma ação do Projeto Político Pedagógico (PPP) e do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) que objetiva despertar a comunidade para a situação de exclusão e marginalidade em que vive a maioria dos brasileiros de raízes africanas.

Acreditamos que a escola se constitui em espaço de debate e defesa da inclusão social e o combate à exclusão social, étnica e racial para fomentar e subsidiar a luta por políticas públicas mais eficientes contra o racismo. Entendemos, também, que a integração entre todos os seres humanos dar-se-á pela transformação do homem e da mulher no campo da tolerância e da solidariedade.


JUSTIFICATIVA

O segundo maior continente do planeta, a África aparece em livros didáticos somente quando o tema é escravidão, minimizando a diversidade de nosso povo afro-descendente. Ao entrar em vigor a Lei 10.639/2003, o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas pode impulsionar a discussão de um rico conhecimento sobre a África, sobre a convivência com a diversidade e as manifestações de discriminação dela resultados em milhões de brasileiros (as) de raízes africanas.

Kabengele Munanga (2005) afirma que “ não existem leis no mundo que sejam capazes de erradicar as atitudes presonceituosas existentes nas cabeças das pessoas . . . no entanto, cremos que a educação é capaz de oferecer tanto aos jovens como aos adultos a possibilidade de questionar e desconstruir os mitos de superioridade e inferioridade entre grupos humanos que foram introjetados neles pela cultura racista na qual foram socializados”. Nesse contexto, a educação escolar, embora não possa resolver tudo sozinha, ocupa espaço de destaque no combate ao racismo, fruto da ciência européia a serviço da dominação.

A nossa intenção ao entrar nesse debate é, primeiramente, fazer professores questionarem a própria atuação profissional e postura ética diante da diversidade étnico-cultural no interior da escola onde, também, estarão buscando caminhos e métodos para rever o que ensina e como se ensinam as questões que dizem respeito ao mundo da comunidade negra. Segundo, proporcionar ao aluno uma compreensão da diferença ente pessoas, povos e nações de forma enriquecedora com características próprias e individualizadoras, aprendendo a se ver, a ver o seu entorno (família, amigos e comunidade) de modo objetivo e crítico.

Desse modo, o projeto pretende criar um espaço de debate e discussão da cultura Afro-brasileira na possibilidade de vislumbrar uma nova sociedade marcada por homens e mulheres, jovens, crianças ou idosos, que se olhem como irmãos com total dignidade e igualdade.

CONSCIÊNCIA NEGRA -2008 CANDACE: MÃE GENTIL DOS FILHOS DESTA TERRA.
















OFICINA LITERATURA AFRICANA - 2008

Em 2008, Candace: mãe gentil dos filhos desta Terra, este tema fez um resgate ao papel das Candaces, mulheres guerreiras, líderes africanas.

CONSCIÊNCIA NEGRA 2007 - ÁFRICA: RAÍZES, MEMÓRIA, IDENTIDADE.




























Ano de 2007 o tema foi África: raízes, memória, identidade. Buscamos resgatar os temas trabalhados anteriormente e, principalmente, resgatar a auto -estima de nossos alunos afro-descendestes e combater todo tipo de intolerância e preconceito.






PROJETOS DA ESCOLA ANOS ANTERIORES





Semana da Consciêncai Negra do Colégio Octacílio Manoel Gomes. Neste ano tivemos apresença da companheira e parceira Edenice Santana, professora do Colégio Luís Viana, Salvador/BA, e militante do movimento negro.