sábado, 3 de outubro de 2009

PROJETO QUEM AMA NÃO MATA


JUSTIFICATIVA

Paixão: do Lat. ‘passione’; sofrimento. s. f., sentimento excessivo;amor ardente;afeto violento; entusiasmo; cólera; grande mágoa; vício dominador; alucinação; sofrimento intenso e prolongado; parcialidade; o martírio de Cristo ou dos Santos martirizados; parte do Evangelho em que se narra a Paixão de Cristo; colorido, expressão viva, em literatura. Do grego ‘pathos’, dor, patologia.
O filósofo Aristóteles dizia que tragédia, na Grécia, não era sinônimo de acidente ou destino negativo. Como gênero teatral, cumpria a função positiva de mostrar o perigo de alguém perder o equilíbrio e se entregar a emoções extremas. Mais de dois mil anos se passaram e as loucuras de amor continuam desafiando a sociedade.
É interminável a lista de crimes passionais que acabam em morte ou escoriações. Nos últimos dias, esses episódios se repetiram no País com freqüência e violência impressionantes. Alguns casos vão para as manchetes. Outros permanecem na sombra. Geralmente esses crimes são praticados "em nome do amor", quase sempre por homens possessivos. "Se for amor, é amor a si mesmo, e não à vítima", diz a procuradora Luiza Eluf, autora do livro “A paixão no banco dos réus”, afirma também que os homens que cometem crimes passionais não amam, mas dependem de sua vítima para a auto-afirmação.



“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...”

No Brasil, pesquisa da Fundação Perseu Abramo revela que a cada 15 segundos uma mulher é agredida. Estima-se que mais de 2 milhões de mulheres são espancadas a cada ano por maridos ou namorados, atuais e antigos.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão revela que um alto grau de rejeição à violência contra as mulheres: 82% dos entrevistados respondem que “não existe nenhuma situação que justifique a agressão do homem a sua mulher”. Além disso, 91% consideram muito grave o fato de mulheres serem agredidas por companheiros e maridos. Ao mesmo tempo, o velho ditado que afirma que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” ainda tem boa aceitação (66%).
Observa-se que há uma atitude contrária à violência, mas não há um comportamento equivalente.
É neste contexto que apresentamos o Projeto Quem ama não mata, pois compreendemos que mudança de atitude e de comportamento frente à violência contra a mulher dependem de aspectos culturais e de mentalidades, campo em que a escola pode ser bastante eficaz.

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